Atmadja – Parte 17 : Surpresas



Conforme Jonos encaixava as pedras na lamparina, feixes de luz saíam da mesma e começavam a encher as ruínas de luz mágica. Alguns mecanismos antigos, feitos de pedra e madeira pareciam começar a se ativar.
Todos na parte superior ficaram surpresos ao ver que o chão tremia levemente e que várias luzes emanavam em seu subsolo. A menina Holy sabia do que isso se tratava e desceu correndo procurando pelo anão com as pedras, pois era ela quem tinha de completar o adorno mágico da lamparina.

Enquanto Holy descia até Jonos, Moiro tentava consolar Selena sobre a perda de Faeh com uma de suas canções mágicas. Jim levantava e, com os braços caídos segurando a pequena espada brilhante, caminhava em direção ao bardo e sua amiga princesa. Ele também estava triste com a partida súbita de sua guardiã dançarina, estava confuso com tantas emoções e sentimentos repentinos, o jovem garoto tentava manter sua mente focada em se tornar forte, em ajudar, no entanto não era tão simples assim.
Selena não era a mesma. Não era mais possível ver aquela menina alegre e cheia de energia de antes, Mesmo com a canção de seu outro guardião, ela não entendia o motivo da sua grande amiga cigana ter partido.

A pequena Holy chegava até a sala onde estava Jonos e a lamparina, ela olhava pra ele com certo entusiasmo. O anão esbravejava palavrões por não ter as últimas peças e completar o sonho de seus ancestrais, mas Holy estava ali para isso, para entregar ao guerreiro as últimas pedras que faltavam para completar o conteúdo da lamparina e terminar a sua mágica.
Os olhos do anão brilhavam tanto quanto as próprias pedras e a luz que elas emitiam. Ele não acreditava no que acabava de ver. A pequena jovem entregava ao anão 3 pequenas e luminosas jóias que tinha guardado nos bolsos. Tão logo Jonos colocou as mãos nas pedras, ele as depositou na lamparina do pedestal e, muito entusiasmado, esperava por seus efeitos.

O lugar inteiro começava a tremer com maior intensidade, era certo que aquilo tudo iria ruir ainda mais. Percebendo isso, Moiro pediu para que Jim, mesmo em seu estado de desânimo, cuidasse de Selena que ele precisava descer para ver se os outros dois estavam bem e se realmente estava para acontecer algo que há muito tempo foi escondido das mãos humanas.

Ele concordou em ficar e cuidar de sua amiga, afinal desde que partiram, era mais do que sua responsabilidade olhar pela sua amiga.
Selena e Jim se abraçaram, os dois nunca imaginaram que sua aventura poderia tomar tal rumo, era um fardo pesado demais para duas crianças. Entretanto, eram duas crianças extremamente fortes, uma dava força e coragem para a outra e isso os fazia seguir em frente.
A jovem princesa sabia que teria de ir até o fim, pois ela tinha uma grande responsabilidade para cumprir, uma missão que pode garantir a paz no mundo todo, era algo demais para ela e por isso não podia se dar a menor chance de falha.

Luzes multicoloridas se espalhavam por todo o lugar, a tumba, agora repleta de vida natural, começava a se desprender do solo e flutuar, isso de fato não estava nos planos, nessas ruínas deveriam apenas estar guardados os segredos de como se destruir a luneta amaldiçoada, agora era uma fantástica construção flutuante em pleno deserto. Moiro conhecia as lendas sobre tal lugar e não ficara tão maravilhado como seus amigos, ele tinha uma idéia mais completa sobre as culturas antigas e algumas invenções da raça dos Jolies.
Jonos sabia que as histórias de seu avô eram reais e mais do que nunca se sentia extremamente satisfeito por poder comprovar isso com as próprias mãos. A jovem Holy estava ali, ajudando para que tudo desse certo para todos eles, nesse momento só faltava uma parte da sua missão, a de entregar o pergaminho a princesa de Aura, para que ela pudesse terminar sua jornada a salvo.



Selena decidiu que não ficaria ali, sem pensar, empurrou Jim para longe, fazendo-o cair na parte mais abaixo das ruínas e correu, sua bolsa brilhava intensamente refletindo a vontade que sua luneta amaldiçoada tinha de ser usada novamente.
Enquanto a construção toda subia aos céus, as duas crianças se afastavam cada vez mais, uma correndo, inconscientemente procurando cantos escuros enquanto seu amigo se recuperava da queda e tentava alcançar a parte mais alta onde estava antes. Era claro, mais uma vez a princesa estava sobre influência da luneta, que ficava cada vez mais forte a medida que eles se aproximavam de completar sua missão e destruir o artefato.

Jonos, Holy e Moiro estavam no subsolo da catacumba voadora e viram todas aquelas luzes desaparecerem diante de seus olhos. Moiro rapidamente sentiu que aquilo não foi um acontecimento natural, algo tinha mudado as luzes, alguém tinha mudado elas, e mudado para o lado mau.
A jovem Holy sentiu mais uma presença maligna naquele lugar, o que a fez sair dali correndo, chamado por seus dois novos amigos e dizendo que precisariam muito descobrir o que é que a perturbou tanto.

Jim terminou de escalar as pedras e se deparou com uma óbvia decepção, sua amiga não estava mais lá. O garoto tinha vontade de chorar, mas foi forte e conseguiu conter suas lágrimas, ele sabia que era chegada a hora de ser forte, de resolver seus problemas ao invés de correr deles. Com isso em mente, o garoto desceu novamente para o piso inferior da tumba e, com sua espada em punho, começou a procurar por sua amiga.
Ele ouvia sussurros por toda parte, barulhos de pessoas correndo de um lado para o outro e sons de galhos e folhas se mexendo aleatoriamente, Jim sentia medo, mas seguia em frente. Após caminhar um pouco por entre os corredores, ele se deparou com uma sala um pouco maior que as outras, com alguns caixões e sarcófagos antigos, nessa sala os sons que ele ouvia eram mais fortes e pareciam falar diretamente com ele.
Depois de caminhar por uns instantes, ele parou, sabia que das sombras daquela sala viria algo em seu encontro, tendo isso em mente, Jim parou no centro da sala muito concentrado, ele ouvia frases como “você não a conhece”, “quero lhe ver escolher”, “você é um inútil e vai cometer mais um erro”. Essas coisas iam entrando na sua cabeça e o deixando mais e mais confuso e com medo.
Quando Jim estava com toda a pressão na sua cabeça, os sons dos galhos aumentaram e do fundo da sala, surgiu não apenas uma, mas duas criaturas abomináveis as quais caminhavam em sua direção incessantemente.



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2 Comentários:

Blogger Unknown disse...

"[...]Ele também estava triste com a partida subida[..]"
não seria "subita" ?

"[...]Os olhos do anão brilhavam tanto quando as próprias pedras e a luz que elas emitiam.[...]"
"tanto quanto"

E tinha mais alguma coisa, mas não era tão gritante quanto essas dae =P
Seu noob!

Mas continue postando com uma frequencia razoavel, nao faça que nem no começo que vc postava 1 conto, 3 anos depois postava a continuação =D
Sem mais
o/

4 de outubro de 2009 às 18:10  
Blogger John Campos disse...

heiauheiuae
por isso que eu continuo dizendo que não reviso os contos, escrevo aqui no trampo quando não tem nada pra fazer, e com grande frequência aparece alguem falando aqui e me desconcentra, ai sai umas aberrações tipo essas dai.
xD

talvez acabe essa semana esse conto, vamos ver se arrumo tempo.

bjs

5 de outubro de 2009 às 08:16  

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