Atmadja – Parte 16 : A Tumba


Selena sentiu toda aquela energia se espalhando por ali e a vida que havia se criado subitamente naquele pedaço do deserto. Ela sabia que isso não teria acontecido por acaso. A jovem princesa levantou, e foi correndo em direção a borda do buraco que havia sido feito ali com a explosão do monstro-furacão.
Enquanto Jim, também sabendo o que tinha acabado de acontecer, sentava no chão sujo olhando para a própria espada em suas mãos, estava angustiado e arrependido por não ter feito absolutamente nada para ajudar. A outra jovem, calada e com um olhar triste, segurava com força seus papeis amassados e seguia Selena, caminhando com passos lentos e firmes.

A princesa olhou para o céu antes de olhar para o chão logo abaixo, ela via que nas nuvens estava escrito, subliminarmente, que sua amiga havia os deixado. Selena sabia que era para o seu bem, tinha certeza que ela só havia feito aquilo com a intenção de protegê-los e que, naquele lugar, estaria para sempre parte da essência inesquecível da cigana rubra.
Selena chorava, chorava muito enquanto a outra garota chegava ao seu lado, e com um abraço gentil, chorou junto com ela, lágrimas estas as quais fizeram Moiro despertar novamente e finalmente notar o que aconteceu nos últimos instantes. Ele observava com atenção o novo local onde se encontrava e apenas sentindo a mudança no ar, ele era capaz de saber qual sacrifício havia sido feito e se sentiu mal por não ter previsto isso.

Jonos estava em pé, apoiado no cabo de seu machado sentindo as gotas de água que caíam sobre si e tentando entender o que aconteceu com a moça de vermelho e as jóias que ele vira buscar. O anão era o único dentro das ruínas e sabia que aquilo tudo aconteceu por causa das suas jóias, aquelas que ele vira buscar, ele precisava ter juntado todas elas para ter sua missão cumprida, mas agora a maioria fora destruída e a sua tarefa içaria incompleta.
Contudo, ele encontrara algo mais interessante do que apenas juntar as jóias perdidas de seu povo, ele encontrara pessoas com o destino parecido com o dele, mas mesmo o anão sabendo que seu papel ali seria tentar ajudar os jovens, ele não fazia idéia do quanto seria necessário ao final de tudo que ainda tem por vir.



Melissa estava parada no ar, sentindo como se fosse a pessoa mais inútil do mundo. Resmungava em voz alta a utilidade de ter tanto poder quando não se pode nem ao menos impedir que uma pessoa tenha de se sacrificar para deter uma criatura mundana. Ela não admitia que, sendo uma amazona que viajou tanto e viu tantas coisas deste e de outro mundo, não fosse capaz de causar um mínimo de dano sequer naquela criatura que acabou exigindo o sacrifício de uma aliada. Ela estava envergonhada, voou alto e decidiu que por hora não ficaria junto de seus amigos, precisava meditar, precisava restaurar seu estado de espírito.

Moiro e seu pássaro se juntavam a Selena, e a outra menina, que acabava de se apresentar como Holy, uma sacerdotisa de Khali, que, respondendo ao que o bardo perguntava, contou que estava ali para impedir que certo pergaminho antigo fosse roubado, que ele deveria ser entregue a princesa do reino de Aura, pois estava escrito que só ela poderia ler seu conteúdo.
Ele não hesitou em concluir que a jovem estava com o pergaminho que eles vieram buscar, a pequena Holy sabia quem eles eram e que deveria entregar os papeis para a sua amiga princesa.
Entretanto, a menina revelou que estava ali por outro motivo também. Ela viera para encontrar com o anão guerreiro e entregar para ele as últimas peças da sua coleção.



Jonos, deixando de lado o momento comovente, começou a vasculhar o lugar. Encontrou escadas que o levavam a partes mais inferiores da tumba, ele tinha uma idéia do lugar onde estava, estava prestes a confirmar uma velha lenda de seu povo. Ele se empenhava em olhar tudo que fosse possível, em procurar em todos os cantos até encontrar a prova definitiva que ele precisava para se convencer. Ao encontrar um pequeno pedestal de pedra que tinha uma espécie de lmaparina com sete buracos na sua parte superior, Jonos deixou sair um grito de excitação. Ele encontrara aquilo que seus avôs lhe contaram como lenda há tanto tempo:
A tumba esquecida dos Alkh, uma família antiga conhecida por deter o segredo das forjas mágicas esquecidas. Tudo que ele precisava agora era ativar o mecanismo da tumba que o levaria até os pergaminhos antigos dos ancestrais da família Alkh, e ele sabia como fazer isso, então se apressou em começar a colocar as jóias no pedestal, mas ele falhara em conseguir as três últimas, pois elas haviam sido destruídas junto com o monstro pelo anima de Faeh, e mesmo contendo apenas sete espaços no pedestal, Jonos sabia que pelo deserto todo estavam espalhadas 10 jóias que foram criadas para tal finalidade.
E Era Holy quem tinha as outras três...


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2 Comentários:

Blogger Pietro disse...

Estou adorando a maneira como vai dando final à história e cada vez mais a maneira como conta escrevendo essas histórias.


Não entendi o barato errado da menina Holy... Medo dessa criançada que aparece no além nos momentos finais. xD


Bons Ventos Inspirai!

30 de setembro de 2009 às 04:02  
Blogger John Campos disse...

thanks peter.

eu só tenho que largar mão de ser preguiçoso e revisar os textos.
hahaha

muito erro bobo.

30 de setembro de 2009 às 08:24  

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