A Lágrima das Águas
Era uma manhã fria, como de costume na região sul do Reino de Armétia, densas brumas cobriam a majestosa floresta que os nativos chamavam de "Esplendor".
Ouviam-se passos em meio aos sons dos pássaros, alguém tentava correr em meio aos galhos, plantas e raízes que cobriam quase totalmente o chão da mata virgem.
Parecia ser uma pessoa, um ser humano e parecia desesperado, corria muito de forma a deixar claro que estava fugindo, mas não tinha nada atrás da pessoa, não dava pra saber de quem ou do quê ele estava fugindo.
O desespero e a correria do que revelava ter aspectos de um homem cessaram assim que ele avistou uma pequena flor amarela com longas pétalas e um talo comprido com duas folhas igualmente compridas, o homem arrancou a flor e a segurou nos braços junto ao seu outro pertence, uma criança que, apesar dele estar correndo tanto, ela aparentava estar dormindo um sono profundo e ininterrupto.
O homem tinha sua face coberta por uma escuridão mágica e horrenda, o que impedia que suas feições fossem reveladas, mas mesmo assim o ar que o rodeava era macabro e morto de alguma forma.
Ele pegou a bela e perfumada flor e a levou de encontro ao rosto do bebê o qual não demonstrou nenhuma reação a nao ser ter sua pequena face coberta por alguns esporos amarelos que caíram da flor. Notava-se uma palidez anormal no bebê juntamente com ausência de respiração, o que obviamente revelava que se tratava de um bebê morto.
Depois de correr tanto, o homem chegou no local onde queria, estava ao pé de uma gigantesca árvore a qual se destacava muito mais do que todas as outras árvores conhecidas em meio a tão diversificada floresta. Raríssimas pessoas são capazes de ver tal árvore devido ao seu poder mágico.
O homem depositou carinhosamente seu pequeno cadáver ao pé da majestosa árvore e tocou seu rostinho com as pontas dos dedos antes de deixá-lo lentamente e sem se voltar para uma última olhada.
Algumas horas mais tarde, uma leve chuva começou a cair floresta adentro, escorrendo lentamente por entre as folhas, flores, frutas e folhagens, os animais abrigando-se enquanto alguns ainda trabalhavam para manter seus lares seguros, o vento batia entre as árvores em uma grandiosa harmonia natural junto ao som das gotas de água caindo e essa harmonia natural se tornou completa quando, em meio à aquela chuva, ouvia-se um choro, o choro de alguém que acabava de nascer...
Marcadores: A Lágrima das Águas, Contos, Exílio
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9 Comentários:
Belo! =)
Só corrige isso aqui: "[...] o vento bantia entre as árvores [...]"
Sem mais
\o/
Opa, valeu.
Esse é só um comecinho do que vai vir pela frente.
Vou acabar o Atmadja antes de continuar.
Senão serei linchado pelo outro lado do meu signo geminiano.
haha
E por mim também =)
Afinal ainda posso te linchar com os 2 lados de meu signo geminiano =D
hehe
Ae john cabei de ler, tá muito bom. Esperando continuação.
Abraço do sylar.
PS: postei com a conta errada acima xD
Opa, bem vindo Sylar!
Legal ter mais um leitor pro blog.
Sugiro que peguei o Atmadja ali pra ler, ainda vou terminar de escrever este, antes de continuar com o "Exilio" ^^
'A Lágrima das Águas'
Uma das minhas histórias preferidas...
Ó! Contém spoilers!! [spoilers??]
No cinema o necromante será vivificado por nada mais nada menos que Jack Nicholson! Então 'cês podem esperar por um conto à altura... E é mesmo!
Essência!!
Bons Ventos Inspirem!
Não era o John Malkovich?
Não que o Jack não seja uma boa idéia..
:P
Que isso, é Jack Nicholson sim! :D
Só tem que agilizar se não o homem bate as botas! haha
haha.. bem dessa
mas aguardem, em 2010 diz que tá pra sair um livro com esses caras ai.
:P
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