Atmadja – Parte 8 : Principe


Uma brilhante linha azul cruzava o horizonte dos olhares das duas crianças e conforme o tempo passava, vários riscos que pareciam pequenas fadas os circulavam e emitiam luzes de todas as cores tornando efetiva a magia que lhes fora lançada.
Fascinadas, as crianças não sabiam o que estava acontecendo e só voltaram a si quando perceberam que não estavam mais no bosque e que o pai de Jim também não estava mais com eles.

Faeh, os saudou assim que os dois perceberam onde estavam e explicou o que tinha acontecido:
O ancião e ela, haviam lançado duas magias uma de teletransporte para os dois pequenos e uma de ilusão, ambas feitas a uma grande distância e com certo grau de maestria, o que indicava que um grande poder era possuído pelo velho, por isso todos ali lhe respeitavam tanto.
Selena ficou muito feliz ao ver Faeh novamente e com Jim não foi diferente. Os dois correram e chegaram a derrubar a jovem dama no chão quando saltaram para lhe abraçar.

Depois de matarem a saudade com risos e uma boa caneca de chá de maçã com canela, Faeh pediu para que o velho ancião lhes contasse outra parte da historia da luneta e para que eles entendessem melhor para onde teriam de ir agora.


E assim o velho começou a contar suas historias.

“A principio, era tudo um grandioso conto de fadas, sobre um príncipe antigo, exímio espadachim o qual havia conseguido a mão da princesa do reinado visinho com a qual ele iria casar para que os dois pequenos reinos fossem unificados, entretanto, a princesa amava um amigo desse príncipe o qual era muito belo e muito carismático.
Tendo conhecimento dessa situação, o príncipe, mesmo depois de casado com a jovem princesa, abriu mão desse falso amor e lhe deixou livre para seguir atrás de seu verdadeiro amor dando a ela toda a posse do pequeno reinado e sumindo daquelas terras para sempre.
Os mais antigos dizem que enquanto esteve sumido, o jovem e desapontado príncipe ficou com muita inveja do poder que o seu velho amigo tinha de convencer as pessoas somente com a lábia, coisa que ele nunca conseguiu fazer, mesmo sendo dotado de grandes conhecimentos e resolveu buscar uma fonte de energia que lhe desse poder suficiente para superar esse defeito que ele tinha e esquecer a inveja que sentia de seu amigo, contudo tal energia não podia lhe ser concedida de graça, pois ele foi busca-la nos precipícios esquecidos, lugar onde as animas humanas eram proibidas de ir, pois lá era onde haviam sido enterrados os corpos das criaturas abissais mortas.
O preço a ser pago seria que toda a energia maligna gerada pela sua inveja seria depositada em um pequeno pedaço de metal o qual se tornaria uma luneta mágica e tal item teria de ser oculto da humanidade, pois tal poder jamais poderia ser controlado.
O jovem príncipe pegou em mãos o pequeno metal e o viu se transformar na tal luneta, a qual foi amaldiçoada com toda a inveja do mundo fazendo com que, qualquer criatura que seja observada através de suas lentes se torne maligna e horrenda, a qual odeia tudo que não possa ter para si.
O príncipe passou por um pequeno estágio de iluminação, quando sentiu que não precisava mais ter inveja do seu amigo, pois tudo aquilo que ele conseguia, era pra ser seu, e ele não precisava se sentir magoado por não ter aquilo que as pessoas a sua volta tinham, pois o seu valor interior era maior do que todas as coisas do mundo. Pensando nisso, ele foi tomado por um arrependimento enorme e decidiu que destruiria a luneta, pois ele era o único com poder para isso.
Entretanto, a luneta respondeu por si só e tomou o príncipe por uma força incontrolável de olhar seu reflexo na água pela luneta. Com muito medo, confuso, e sem conseguir controlar suas mãos, o príncipe acabou se olhando nas águas de um rio através da luneta e se transformando numa criatura a qual não cabe em nossas mentes humanas e destinado a vagar pelos mundos destruindo-os com seu majestoso poder, mas como o príncipe sabia das suas condições deformadas, ele rapidamente tomou sua espada e decapitou a própria cabeça monstruosa para que não pudesse fazer mal algum ao mundo em que vivia.
Em meio a tudo isso, a pequena luneta foi perdida e de tempo em tempo ela dava um jeito de mudar de lugar até que pudesse encontrar um novo dono o qual ela escravizaria e usaria para destruir tudo a sua volta.”





Ao final de toda a historia, o ancião lhes aconselhou a seguir para o sul novamente, para o deserto de Na’haari, e buscar pela antiga tumba da princesa e de seu amado, e procurar nelas, uma espécie de testamento o qual lhes indicaria qual caminho seguir para encontrar o local de origem da luneta, só lá ela poderia ser destruída.

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5 Comentários:

Blogger John Campos disse...

Essa historia do principe é um outro conto meu chamado "Quando a Lua Cai" e será postado em breve aqui em 3 partes.

^^

12 de março de 2009 às 17:21  
Blogger Pietro disse...

Que bunito!

12 de março de 2009 às 19:46  
Blogger Unknown disse...

Já tava pensando que não leria mais nada a respeito de Khali por um bom tempo...(Seu noob)
Que bom que a espera acabou, mas pretende postar os "atrasados" com maior frequencia ou vai postar quando der na telha? :p
Sem mais
o/

12 de março de 2009 às 20:56  
Blogger John Campos disse...

Vou tentar compensar o atraso sim Minhu.

Amanh, se me der tempo já posto mais uma parte desse conto, ou a primeira parte do "sub-conto" ali.
:P

12 de março de 2009 às 22:04  
Blogger Unknown disse...

É bom mesmo!
Afinal peão tem que trabalhar =)

12 de março de 2009 às 22:53  

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